domingo, 23 de julho de 2017

COMO SE ESCREVE?...



          Quando o João tinha apenas cinco anos, a professora do jardim de infância, pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amassem. João desenhou a sua família. Depois, desenhou um grande círculo, com um lápis vermelho, ao redor das figuras.
          
          Querendo escrever uma palavra por cima do círculo, ele saiu da sua carteira, foi até à mesa da professora e perguntou-lhe: - Professora, como é que se escreve...? - Ela não o deixou terminar a pergunta, mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever a interromper mais a aula.

          João dobrou o papel e guardou-o no bolso. Quando regressou a casa, lembrou-se do desenho e tirou-o do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi à mochila, pegou num lápis e olhou para o enorme círculo vermelho.

          A sua mãe preparava o jantar, indo e vindo do fogão para a bancada e para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de o mostrar a ela e perguntou-lhe: - Mãe, como é que se escreve...?
          -João, não vês que estou ocupada? Vai brincar lá para fora. E não batas com a porta. Ele dobrou o desenho e guardou-o no bolso.

          Nessa noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o enorme círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou no lápis. Ele queria acabar o desenho antes de o mostrar ao pai. Alisou bem as dobras, colocou o desenho no chão da sala, perto do sofá onde o pai costumava sentar-se e perguntou-lhe: - Pai, como é que se escreve...?

          - João, não vês que estou a ler o jornal e que não gosto de ser interrompido? Vai brincar lá para fora e não batas com a porta. O garoto dobrou o desenho e guardou-o no bolso. No dia seguinte, quando a sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso das calças do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um elástico e dois cromos. Eram os tesouros que ele tinha guardado enquanto brincara fora de casa. Ela nem abriu o papel e atirou tudo para o lixo.

          Os anos passaram...
          Quando João tinha 28 anos, a sua filha de cinco anos, Ana fez um desenho. Era o desenho da sua família. O pai sorriu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse: - Este és tu, pai! A garota também se riu. O pai olhou para o enorme círculo vermelho feito por ela, ao redor das figuras e lentamente, passou os dedos sobre o círculo.
          Ana desceu rapidamente do colo do pai e disse-lhe: -Eu já venho! Quando voltou, trazia um lápis na mão. Voltou a sentar-se nos joelhos do pai, pôs a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou:
          - Pai, como é que se escreve AMOR ? Ele abraçou a filha, pegou-lhe na mãozinha e conduziu-a devagar, ajudando-a a escrever as letras, enquanto lhe dizia: -AMOR, querida, AMOR escreve-se com as letras T, E, M, P, O. (TEMPO).



Conjugue o verbo Amar, a toda a hora. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os seus filhos, em especial, o que importa é ter quem os ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive. Não espere que o seu filho descubra sozinho como se soletra AMOR, FAMÍLIA, CARINHO...



Por fim, lembre-se: Se você não tiver tempo para amar, invente. Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e... o tempo...... bom, o tempo é apenas uma questão de escolha. 


Autor Desconhecido




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