E todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até aquele local, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para ver se estava tudo lá.
Ocorre que, de tanto repetir aquelas viagens ao mesmo ponto, um ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o avarento estava escondendo, veio na calada da noite, e secretamente desenterrou o tesouro levando-o consigo.
Ocorre que, de tanto repetir aquelas viagens ao mesmo ponto, um ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o avarento estava escondendo, veio na calada da noite, e secretamente desenterrou o tesouro levando-o consigo.
Quando o avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero.
E caindo em prantos, ele gemia e chorava, enquanto puxava os poucos cabelos que ainda lhe restavam, maltratados pela absoluta falta de cuidados.
Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera.
-Meu ouro! Todo meu ouro... chorava inconsolável o avarento, -alguém o roubou de mim!
-Seu ouro? Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse comprar alguma coisa?
-Comprar? - exclamou furioso o avarento. -Você não sabe o que diz... Ora, eu jamais usaria aquele ouro. Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer..."
Então, o estranho pegou uma grande pedra, e jogando-a dentro do buraco vazio, disse:
-Se é esse o caso, enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha para você o tesouro que perdeu...
O valor de qualquer coisa é definido por sua utilidade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário